Quem sou eu

Me abre, me lê, confessa. Sou eu quem sei todos os seus segredos traduzidos em meus conflitos. Vem

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Sinestesia

Elas adentraram a carruagem metálica, todas juntas como sempre, algumas de verde e outras de roxo, seus cachos, apesar de incompletos, eram bonitos de se ver. Pareciam meio molhadas, chovia lá fora apesar de estarem protegidas por algo plástico.
Foram guiadas para seus assentos e lá permaneceram, quietas durante toda a viagem, no colo da sua dona e predadora.

Eu estava longe, mas apesar disso sentia o cheiro que elas emanavam e me imaginava devorando-as com a boca cheia de seu suco. Durante toda viagem eu as desejei, suas formas perfeitas me tiravam do eixo e pareciam tão suculentas, mesmo maduras.

Mas eu me aproximava do meu porto, infelizmente tive de abandonar aquelas maravilhosas Uvas que me enchiam os olhos.

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