Quem sou eu

Me abre, me lê, confessa. Sou eu quem sei todos os seus segredos traduzidos em meus conflitos. Vem

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Clichês acabam assim

...foi quando ele virou pra mim e disse que nada mais fazia sentido, me pegou nos braços e me deu um beijo com gosto de fim.

eu falei, um som quase inaudível:
- Eu vou guardar esse beijo até o dia em que nos reencontrarmos.

ele entrou no avião sem olhar pra trás e sem dizer tchau ou hesitar com medo. Ele sabia o que queria e eu não sabia que havia perdido o amor da minha vida para aquelas nuvens.

alguns minutos depois, meu celular tocou e eu pude ler as suas palavras de adeus:
"Eu queria dizer que não é um adeus, e sim um até logo... mas não tenho mais certeza de nada."

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Olhos

Olhos. Olhos cansados de uma noite em claro.
Olhos de quem esperou por nada.
Olhos de um amor preocupado.
Olhos de imaturos de ressaca, olhos
Me olhe, diga em meus olhos o que vai ser da gente.
Olhos não se encontram.
Olhos são cumplices do crime perfeito: o de se apaixonar.
Finalmente me diga, o que eu posso fazer quando você esquece seus olhos em cima de mim e me arrepia.
Não, pra mim ainda não acabou.
Eu só quero que você volte, pra mim, por mim, por nós.
Volta.

sábado, 18 de junho de 2011

Invite me in

Aquela imagem não me saia da cabeça.
Tão real que precisei respirar fundo ao acordar e te ver sumindo dos meus braços depois de ter sentido cada músculo do seu corpo e cada respiração funda em meu pescoço. Não acreditei na remota possibilidade que havia sido um sonho, eu tenho a plena certeza que sua pele ainda está na minha e seus músculos repousam sobre os meus.

Em meio a suspiros e ao caos que havia se instalado em mim, eu concertei-me e tateei o chão em busca das minhas roupas que você havia arrancado sem pena de mim. Eu queria você denovo, queria seu suor e seu peso em cima de mim e queria tudo isso pelo resto da noite infinita que nos esperava.

Seu cheiro me perseguia insistentemente.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Nunca foi

Sangrando, secretamente, para que ninguém descobrisse - não - eu não queria a piedade de ninguém, queria esquecer de tudo à minha volta e morrer quieto em meu canto.

Deitei-me, com o orgulho e o corpo feridos... Mal conseguia deixar meus olhos abertos e a respiração já pesava . Fechei os olhos e tentei dormir, mas antes que eu pudesse evitar, aquela lágrima quente desceu meus olhos ao tempo que a tempestade de aproximava. Me encolhi o máximo que pude para não me molhar, mas a chuva já ardia em mim e misturava-se com minhas lágrimas.

- Aquele Leão orgulhoso não iria ceder nunca, choraria sozinho mesmo ao saber que precisava de alguém -

Adormeci sem perceber, não sabia o quanto havia dormido, sei apenas que ao acordar já não doía mais, e era só uma questão de tempo até que eu estivesse em plena força para ir atrás daquele que me feriu.

- Aquele Leão orgulhoso não iria parar até que cortasse o último músculo do seu algoz -

Encontrei-o denovo, ele não esperava pela minha presença, foi pego desprevinido e ainda assim não foi fácil. Mas eu o venci.
Dilacerei a sua carne e finalmente achei aquele músculo pulsante em seu peito, senti uma terrível repulsa ao pensar em comê-lo, preferi pisar enquanto eu gritava para o nada... e mais uma vez, eu continuava sozinho sob aquela tempestade.