Quem sou eu

Me abre, me lê, confessa. Sou eu quem sei todos os seus segredos traduzidos em meus conflitos. Vem

terça-feira, 20 de março de 2012

Estranho natural

Esse toque íntimo, da minha sanidade aos prazeres utópicos.
Fora da minha zona de conforto, mas em uma zona que me deveria ser de conforto, junto àquele estranho natural que nem sei mais se conheço. Rei, réu ou rainha, nada importa para os prazeres que provei apenas no toque e nada mais.
O prazer que nunca me foi carnal, sempre foi inventado por aquela ponta de ilusão que adoça todas as minhas experiências.
Mas matei, a mim e ao rei, fui réu e condenado pelo crime perfeito. Condenado à felicidade momentânea, como um espasmo.
Então, vitimei o meu íntimo, aquele que nunca deixou de ser réu, e me tornei o rei.
Sozinho.

domingo, 18 de março de 2012

O ato

Não há companhia em uma noite morna e pouco ventilada de sábado.
Uma destemida gota de suor me cruza, impetuosa, sabendo que corre para a morte, mas ela é minha única companhia , breve, por assim se dizer.
Eu só queria ouvir uma voz, qualquer que seja.
O calor de um toque ou a frieza de um olhar.
A minha urgência física nunca conseguiu se calar, e na multidão de vozes que se fez do silêncio brotaram dos olhos as minhas outras companheiras da noite.