Quem sou eu

Me abre, me lê, confessa. Sou eu quem sei todos os seus segredos traduzidos em meus conflitos. Vem

sábado, 30 de outubro de 2010

Frieza

Custo a aceitar que seja tudo falso.
Demoro a perceber que talvez seja tudo um jogo.
Difícil pensar que seja um monstro por trás daquele sorriso.

Mas eu sei, que por mais belo que seja seu encanto, já tenho anticorpos suficientes para mentiras. A porta só estará aberta quando me provar a sua sinceridade

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Segredo

Me contaram um segredo, eu gostei de saber.
Sonhei contigo, acordei sorrindo e o seu cheiro ainda estava em mim. A minha vontade de te manter por perto era tão grande que eu quase não resisti e te liguei no exato instante, mas tinha medo do que você pudesse pensar de mim.
Te ver e te ter mais uma vez me fez perceber que eu não deveria nunca ter abandonado da minha vontade de ficar com você. Pra sempre.

Te contaram um segredo, eu sei que gostou de saber.
Sim, eu gosto é de você

sábado, 23 de outubro de 2010

Avesso

Eu estava inquieto na cama, lembrando dos nossos momentos juntos e tentando não chorar pela falta deles, afinal, foi eu quem escolhi quando começar e a nossa infeliz coincidência de ditar o fim.
Revirei-me, tirei o lençol de cima de mim e fui até a janela sentir o bafo quente que aquela noite de primavera me trazia, e apesar de estar vestindo meu costumeiro casaco, eu não sentia calor, sentia apenas a falta de te ter, que vinha seguida de um frio quase inexplicável, atacando as minhas entranhas e revirando sentimentos os quais eu nem lembrava da existência.
Eu fitava aquela infindável noite, algumas poucas luzes na rua chamavam a minha atenção, vez ou outra passava um carro por aquela rua inóspita. Resolvi então ouvir ao meu melhor amigo-material, que trazia consigo a nossa música, ecoando em meus ouvidos e reverberando no meu coração machucado. Tentei deixar de lado, mas era como uma droga pra mim, eu gostava de sentir aquela dor e derramar as lágrimas que você não merecia, um soluço me escapou mas então senti que alguém me abraçou, arrepiei-me ao sentir aquela respiração em meu pescoço e então me virei de frente e para a minha surpresa, não era você e nem de longe se parecia com você. Ele conseguiu tirar os meus fones, me fazer esquecer a música com seus beijos quentes e macios e abraços mais vigorosos que os seus.
Percebi que era inútil lutar contra a inércia do meu ser, o meu corpo já respondia aos estímulos e o meu coração inútil já estava denovo reconquistado e inteiro. E pelo resto da noite eu me perdi do mundo, isolados apenas eu e ele, estávamos bem agora. Só agora.

domingo, 17 de outubro de 2010

Os cachos

Sinto falta de tê-los por perto, aqueles cachos que sempre me foram tão intrigantes.
Balançando ao vento, eu sentia seu perfume de longe, seguido da voz que sempre acalmou minhas tempestades, e mesmo agora, tendo que coexistir com a distância física entre a carioca e o bahiano eu não me esqueço dela.
Quando a saudade aperta, eu choro quietinho, sem fazer alarde para não te assustar.

Meus cachos, minha bailarina, minha nêura e meu amor. Saudade é para os fracos, os amigos têm boas recordações

A Carta

Eu chorei, por todas as lembranças que tenho dos nossos momentos. Mas depois de tanto sofrimento, tantas decepções e desencontros, eu percebi que não haveria mais futuro pra nós dois.
Sinto por ter chegado a esse ponto, a última coisa que quero é te machucar, mas pela primeira vez eu estou pensando em mim, nos meus sentimentos. Tudo isso poderia ter sido evitado se as sentimentalidades tivessem sido expostas de ante mão, mas chegou a um ponto em que o meu querer rejeitou seu amor e todas as suas propostas. Cuidei tanto, mas que o meu coração prefere permanecer sozinho depois de tantos problemas.
Não, não há luz no fim do túnel e a esperança já morreu.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Errei

Eu sumi, não dei sinal de vida e nem de interesse. Cada vez mais distante de você, eu sentia que faltava alguma coisa.
A culpa foi minha, desde o início, se eu te machuquei me desculpe, mas eu tive medo de tantas coisas e você era uma dessas.
Eu que não sabia nada de ti, descobri que sei menos ainda de mim, e nessa escuridão, hesitei e machuquei muita gente e você foi uma dessas.
Me desculpe por tudo, e principalmente por voltar assim, tão inesperadamente. A sintonia me disse alguma coisa.

Deixa.

Eu o olhava fixamente. Tantas coisas tão vivas passavam pela minha cabeça ao mesmo tempo.
Senti um gosto amargo na boca, uma saudade inexplicável e uma vontade de poder abraçar denovo, foi quando percebi minhas mãos atadas por lembranças que eu não me orglhava em ter. Mas você veio, numa ação inesperada para ambos, você partiu a corrente que segurava minhas mãos.

Você estava tão perto denovo, sorrindo. Aquele sorriso que eu tanto amava.
Você estava perto denovo, tão perto que deixamos aquelas lembranças assustadoras para trás e deixamos a nossa amizade fluir denovo.

Eu Te Amo

E tudo fica tão sem graça quando não tem o seu cheiro, a sua presença e nem mesmo traços do seu sorriso, deixados pelo ar e fixados a ferro quente em minha memória.

Não tenha medo, não de mim.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Olhe pra mim

Não posso mais fingir que não sei o que acontece entre a gente. Seus deslizes, sua falta de atenção... apenas me convencem que você não é a pessoa certa. Mas certo ou errado, eu quero ter você.

Olhe em meus olhos e bem lá no fundo você verá todas aquelas palavras que eu nunca lhe disse, toda a minha vontade contida por você. Desespero-me ao ter essas sentimentalidades reveladas, mas olhe e diga sim pra mim, mesmo que eu lembre menos de você. Descorde de meus devaneios, não me importo com isso, apenas olhe pra mim e dê real significado a tudo o que senti por você.

Eu nunca disse que seria a pessoa certa para você, mas esqueçamos esses conceitos sem sentido e vamos viver uma noite de luar ou uma manhã ensolarada de domingo. Mas não diga nada, apenas olhe para mim aqui e agora.

sábado, 2 de outubro de 2010

Eu te levo

Perdido naquele lugar que ele não pertencia, escrevia absorto em seu costumeiro caderno cor-de-palha. A caneta subia e descia, o som dela riscando o papel só cessou quando algo chamou-lhe a atenção na janela de sua prisão, um passarinho azul bicava levemente a janela, como se quisesse entrar. Foi então quando ele deixou o caderno de lado e se encaminhou, vagarosamente e recuperando-se da enfermidade.

A janela era feita de vidro grosso e pesado, ele teve alguma dificuldade em abrir, mas depois de algumas tentativas, conseguiu. O pássaro não entrou, ao invés disso, ao abrir a janela ele sentiu o sol queimar sua pele e o vento entrar pela janela e bagunçar as folhas do seu caderno, ele tentou correr mas as suas limitações ainda eram muitas, o caderno balançava loucamente ao ritmo frenético do vento. Foi então que achou ter ficado louco de uma vez por todas, sentiu-se livre, como quem está caindo... caindo mas sem o chão para segurar. Durante esse tempo, ele sentiu todos os cheiros que lhe foram marcantes. Desde o aldeído da tangerina ao álcool daquele perfume especial.

Ele caiu, até que não pode mais. Acordou, algo doia muito, seu corpo estava doendo por inteiro, tão forte que o estava fazendo perder os sentidos, quase desacordado, ele ouvia pessoas gritando ao longe e uma correria à sua volta. Fechou os olhos e se perdeu no céu, voando com o pássaro para onde o vento quisesse. Mas o cheiro da tangerina nunca cessou