Quem sou eu

Me abre, me lê, confessa. Sou eu quem sei todos os seus segredos traduzidos em meus conflitos. Vem

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Violão

Cansado - provavelmente o adjetivo que melhor se encaixava em mim naquele momento. Andava com o ar de sonhos partidos e o cansaço que o sol trazia.
Na minha cruzada eu já havia passado por tanto que nem me lembrava mais o que tinha me trazido ali, mas de repente, um som tímido e meio desajeitado chamou a minha atenção.

Vinha de um daqueles prédios, de uma janela entreaberta, tão tímida quanto o som. Mas ele veio de novo, cada vez mais agradável e sensual.
De alguma maneira aquilo me conquistava, não era música nenhuma que eu conhecesse, apenas algumas notas soltas - alguém resolveu afinar o violão.
Mas eu estava absorto por aquilo, o que eram notas desajeitadas tornaram-se uma melodia íntima para mim, e só para mim...
As outras pessoas - pobres mortais - nem se davam o luxo de escutar tal melodia.

E então, em questão de minutos, todo aquele amor idealizado se materializou na forma da música que estava sendo tocada, e eu, apaixonado por quem quer que estivesse tocando. Aquela música continuou ressonando por toda a minha noite, junto com aquele "platonicismo" que apenas a mim era permitido.
Me desculpem vocês, mas viver apaixonado é sempre refrescante.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Analista

Quase como um diário de bordo, mas mais parecido com um manual de instruções.
Desde o fatídico dia do fim, eu o preencho com as mais variadas esquisitices, só pra ver se te esqueço.

Mas hoje, hoje eu não consegui. Fraquejei.
Queria ouvir a sua voz e te ter de volta.
Acordei e algo muito próximo ao vazio se instalava no meu peito. Pensei que, por mais que demorasse, uma mensagem sua o preencheria e então lembrei-me: não existem mais mensagens suas - não novas, fresquinhas - só as velhas que guardo para espiar e sofrer um pouquinho de vez em quando.
Mesmo sabendo disso, o coração palpitava e se enchia de alegria com o menor toque do celular. Para logo depois voltar ao seu lugar de origem.
Não sei, mas acho que já se esqueceu de mim...
Eu só queria dizer que ainda não estou pronto - Volta, por favor.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Não como, não durmo.
Não como gente normal.

Acabou, pela minha infelicidade, acabou. E eu quero achar de me acabar, em qualquer lugar desses bem longe de vocês, de tudo.
Acabou pra mim,

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Conta pra mim

Como é se sentir esquecido, esperando um telefonema que nunca vem?
Ou uma mensagem, pra não dizer carta, contendo apenas uma linha de poucas palavras rabiscadas.
Me diz como é saber que eu estou aproveitando cada segundo dos meus dias sem você, em qualquer lugar... Ah! Se não precisar, eu nem faço questão de voltar.
Aliás, me conta como é achar que, pra mim, as vezes você nem existe.

Não consegue, não é?
Cada uma dessas sensações vêm me assombrando da pior maneira possível desde que você foi... e não voltou, não por completo, não alguém que eu ainda conheça.
Mas entra, a casa continua sendo sua. Açúcar ou adoçante? - Haha. Até parece que eu não sei que você não toma café.

Agora vai, saia daqui com a cabeça erguida, para que a minha última lembrança sua seja a mais bonita de todas.
Obrigado, por me mostrar o quanto eu não sou mais especial para você.