Quem sou eu

Me abre, me lê, confessa. Sou eu quem sei todos os seus segredos traduzidos em meus conflitos. Vem

domingo, 26 de maio de 2013

E o amor?

Há muito que não me sentia assim. E nem imaginava sentir, mas o local era levemente propício para tal.
Não sei o que aconteceu, sei apenas que te olhei e, traduzindo todos aqueles clichês românticos, apaixonei-me pela ideia de apaixonar-me por ti e, durante aqueles aproximadamente cem minutos, eu te amei.
Não vou mentir que a força com a qual se deu esse teórico sentimento me surpreendeu, imaginando eu que não fosse mais capaz de sentir algo nessa proporção, mesmo que fosse apenas utópico. Mas achei graça na minha tentativa de estar com, você mesmo não estando ao seu exato lado cartesiano.
Sabendo que todas as relações estão fadadas ao perecimento, fui arrumando as minhas coisas sem que você notasse. Meu ponto se aproximava e eu teria, mais cedo ou mais tarde, que dizer adeus - Não disse, apenas peguei a mochila, coloquei-a de lado e saí do ônibus sem olhar pra trás. A gente terminava aqui e agora o mais extenuante amor que já senti em uma viagem de ônibus.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

"soma"

Tem coisas que a gente não precisa ver ou sentir pra saber que está ali, como o Sol.
Ninguém precisou me dizer que o sol ia nascer hoje de manhã, mas eu sabia que estava ali, e pra mim Amor é muito disso.
Talvez eu te ame, e torço para que você não precise de mim e nem que eu precise de você, só assim teremos a verdeira certeza do que passa a existir ali.
Existe. Existir irá. Existirá.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Espólios

Recostado na sua cama, malas prontas, passagens, passaportes... Tudo no seu devido lugar. Você ainda dormia enrolado nos lençóis, parecia um anjo.
Suspirei e afundei-me na cama por alguns segundos torcendo para que você não acordasse. Algumas lágrimas ensaiaram sair, mas não havia espaço pra elas. Visitei nosso passado, nossas histórias e tudo passou como um rolo de filme. Vivemos tantas coisas.
Mas não tenho certeza se eu vivi, não tenho certeza do que eu vivi - eu não pertenço a este lugar - pensei, com um certo peso em casa palavra. Peguei minha mochila - só a mochila, o resto poderia ficar. Peguei seu porta-retratos com nossa foto favorita e guarde.

Pensei em dar um beijo de despedida mas... Você iria acordar e doeria mais do que já está doendo.
Peguei um papel, rabisquei alguma coisa e o coloquei no lugar que ficava o seu porta-retratos.

"vai doer te ver por aí."