Quem sou eu

Me abre, me lê, confessa. Sou eu quem sei todos os seus segredos traduzidos em meus conflitos. Vem

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Escondido em mim.

Já disse, que cansado de tantas mágoas, eu resolvi me fechar em um castelo de cristal. Consegui, e como consegui, que por tanto tempo as paredes dele segurassem todas as lembranças, as revoltas e as mágoas externas, mas foi preciso apenas um pequeno deslize, uma simples briga e uma tristeza sem tamanho para que o castelo começasse a ruir.
Primeiro foi apenas uma pequena rachadura, eu não me importei, senti até uma nostalgia de sentir tudo aquilo denovo. Mas como uma ferida, foi se abrindo cada vez mais e lá estava eu sangrando a perfeição que a mentira da minha vida já foi.
Pela primeira vez, eu me senti racional, comecei a juntar os cacos daquela mentira e me despir de qualquer indiferença que eu tanto tive, resolvi seguir em frente e resolver cada problema de uma vez, não adiantaria tapar o sol com a peneira para sempre. Mas estava tudo tão diferente, tão mais visceral e sincero, frio como a lâmina de uma faca.
Eu sabia que não estava sozinho, não dessa vez. Os problemas foram surgindo aos poucos e você é um deles. Você é um daqueles problemas que chega e me desarma, toma o meu ar para si e sem respeito nenhum faz eu me apaixonar por um sorriso que tanto me lembrava as tempestades que chorei. Mas dessa vez... esse sorriso me parecia cada vez mais uma solução do que um problema de fato, eu estava feliz com sua volta e estava feliz com você à minha volta, mas só terei certeza de que você é uma solução quando eu puder olhar em seus olhos e reconhecer neles, ou melhor, conhecer neles o seu verdadeiro eu.

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