Quem sou eu

Me abre, me lê, confessa. Sou eu quem sei todos os seus segredos traduzidos em meus conflitos. Vem

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Saudade

Ela não me deixa, a única que não me deixa pra trás é essa senhora, vestida em sua mortalha branca, chamada Saudade. Ela passa por mim e desperta enfermidades que não me orgulho em ter: um frio cortante na espinha e um aperto, quase um nó, na garganta. Não consigo gritar, clamando por ajuda, porque não há ninguém por perto, apenas ela, sentada na mesma posição e me olhando com o mesmo ar de triunfo de sempre. Ao rir, não há felicidade em sua voz, apenas um silvo de dor. Aos poucos ela se apossa de mim, do meu corpo frágil das derrotas sofridas, envolto por aquele frio matinal e aquela névoa que nunca cessa dos meus olhos, eu choro e clamo por perdão... mas não há ninguém por perto. Não, todos se foram e me deixaram com a Saudade.

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