Quem sou eu

Me abre, me lê, confessa. Sou eu quem sei todos os seus segredos traduzidos em meus conflitos. Vem

sábado, 17 de julho de 2010

No silêncio eloqüente

Naquela noite fria e chuvosa, eu com alguma esperança de sair pra esquentar o meu corpo e você do outro lado, inconfundívelmente, não queria sair pra lugar algum. Eu tentei, disse que iria de qualquer jeito, mas o seu silêncio eloqüente me trouxe de volta à realidade. A chuva não parava e a noite estava cada vez mais fria, eu tentava me esquentar, mas era em vão... como se fosse apenas um fogo fátuo. E veio então algo que eu não pude recusar, que seria muito melhor do que sair pra vida e me entupir de mentiras. Você, do outro lado da linha, suspirando em meu ouvido: "Minha casa tá vazia, vem pra cá". Minha mente descontrolada como o ritmo cardíaco frenético que eu sentia em meu peito, brincava com suas palavras e me fazia ouvir os seus desejos mais quentes. Eu estava cego para qualquer coisa, meus instintos estavam à flor-da-pele e foi quando você chegou. Apenas um beijo foi suficiente, em poucos segundos o chão já estava coberto por nossas roupas e estávamos entregues ao desejo, que consumia cada pequena parte dos nossos corpos e queimava ao simples toque. O amanhecer não fora o suficiente pra que pudéssemos nos despedir, nosso desejo ainda era tamanho e continuamos, até cairmos sem forças. Foi então, quando os morangos vieram a calhar.

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