Quem sou eu

Me abre, me lê, confessa. Sou eu quem sei todos os seus segredos traduzidos em meus conflitos. Vem

domingo, 19 de setembro de 2010

Presença inquietante

Deitados numa mesma cama, que ensaiava ser grande o suficiente para nós dois. A única coisa que nos separava era aquele lençol branco e velho, remendado como um trapo, mas separava a união de dois corpos quase incandescentes de desejo.
Com um ímpeto colossal, venci a inércia do lençol e o joguei para o lado, e sem pensar duas vezes, colei meu corpo no seu e nos entregamos ao desejo que permeava nossas mentes e nossos corpos febris.
Não importava se tínhamos espectadores, eu não os via, mas tinha certeza de que estavam ali, dividindo o mesmo cômodo que nós e querendo participar da violenta reação que ocorria, aonde nossos corpos eram os reagentes. Nessa desordem crescente perdemos a noção do tempo, e já quase amanhecia quando nossos corpos estavam mais uma vez separados por aquela presença inquietante do lençol branco.

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