Escuro, mas em meus ouvidos os violinos sincronizados e orquestrados faziam a festa. Aquelas imagens, como na mente de um animal, monocromáticas. Rodopiavam ao som e ritmo da música, arrepiando-me, arrepiando-o.
Sem delongas aquela imagem... ação... e por obra da minha imaginação desmedida, voltava cada vez mais nítida, cada vez mais marcada em minha pele como a tinta que colore o papel.
Dois, ou um.
Beijo interminável de corpos que faiscavam ao toque. A música corria, e sem pressa as roupas iam caindo.
Aquela camisa xadrez que eu despi como se fosse um presente, e a calça que me foi tirada como de assalto, jaziam no chão ao lado daqueles corpos já entrelaçados.
A música atingia seu ápice, assim como aquelas respirações profundas anunciavam.
Até que a música se apagou. O silêncio e o vazio voltaram ao meu redor
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