Quem sou eu

Me abre, me lê, confessa. Sou eu quem sei todos os seus segredos traduzidos em meus conflitos. Vem

sábado, 28 de agosto de 2010

Amanheceu

Não sei porque sentia isso, talvez tivesse chegado ao fim, eu sentia seu coração pulsando, imaginei que ele estivesse tendo uma certa dificuldade para fazer isso, visto que, eu não o completava mais. Me senti então deixado de lado, traído por aquele que amava e ao mesmo tempo tentando não pensar nisso.
Eu queria apenas lembrar da tarde maravilhosa que tivemos, não queria acordar e te ver chorando. Não. Parece que é o fim, seus olhos eram esmeraldas envoltas por água cristalina, que escorria pelo seu rosto. A beleza daquilo estava em tudo o que passamos, mesmo que nada tenha significado para você o quanto significou para mim. Nos afastamos, após o abraço mais demorado que eu já experimentara, você não chorava mais, isso talvez fosse um bom sinal.
- Obrigado por existir em minha vida
Surpreendi-me com o que falou. Acho que não estava esperando por tal reação vinda de você. Dessa vez, era eu quem chorava, pois sabia da separação iminente.
- Por favor, não fique assim.
Mas já era tarde demais, você já havia despedaçado o meu coração e eu não queria ouvir mais nada. Sem hesitar ou olhar pra trás, coloquei minhas roupas e peguei o meu costumeiro caderno azul. Você tentava balbuciar alguma coisa ininteligível, eu não queria ouvir mais nada o que você tinha pra dizer. Saí pela janela, não teria coragem de encarar a todos na sala com a minha cara de choro. Adeus.

Janta

Cobertos apenas por lençóis, conversávamos sobre coisas mundanas, deitados em posições opostas a um eixo simétrico imaginário, que permeava em nossas cabeças. Conversávamos sobre qualquer coisa, coisas estas que não me faziam muito sentido. Me perdi em determinado pensamento sobre projetos, e de repente estava voando com uma borboleta que passara a pouco na janela.
Ouvi um silêncio e percebi que era a deixa para que eu balançasse a cabeça como que concordar com tudo o que você dizia.
- Você não está prestando muita atenção, não é?
Não estava, de verdade, o sol que inundava nosso quarto lambia a minha pele nua e me arrancava algumas de suor na testa. Levantei, fui ao banheiro tentar clarear a minha imaginação com um punhado de água fresca da pia.
- Você está bem?
Eu não sabia se estava, muita coisa se passava pela minha cabeça na hora, os meus pensamentos eram meros borrões indecifráveis para quem os olhasse de fora, mas eu sabia o que cada um deles significava. Cada cor, forma e cheiro tinha um significado especial para mim. Foi então quando você se levantou, os raios solares que invadiam nosso quarto incidiram sobre você, revelando a perfeição que era o seu corpo, seu rosto, cada pequeno detalhe do seu ser. Aliás, até a sua alma transparecia àquela luz. Você e o seu costumeiro caderno azul.
- Me diz o que aconteceu, por favor.
Uma sinestesia borrava agora o seu rosto, que era perfeitamente talhado a mão. Senti-me culpado por borrar tão perfeita arte, fui então tentar consertar o meu erro e beije-lhe a boca. Seus lábios estavam quentes como o resto de seu corpo, foi então que me perdi naquele calor, já não sabia mais o que era você e quem era eu.
Já era noite, e estávamos abraçados, dessa vez não havia eixo de simetria imaginário, era apenas o nosso sentimento contra aquela noite fria. Minha visão embaçou, pisquei algumas vezes e percebi que estava chorando. Porque caiam aquelas gotas de orvalho, quentes como a manhã, em minha face? Levantei antes que você percebesse, mas um soluço me escapou e você levantou-se de sobressalto. Viu aqueles diamantes líquidos caindo dos meus olhos e me abraçou, tão forte que eu senti todos os meus anseios e receios sendo expurgados. Respirei aliviado, como não fazia a tanto tempo e retribui o abraço, sentindo cada parte do seu corpo, era a última vez que nos veriamos.

domingo, 22 de agosto de 2010

O que faço com você?

Chovia lá fora, aquela chuva fria e sem vida. Eu esperava conseguir dormir com aquele barulho, que era no mínimo agradável, mas sem sucesso. Eu me sentia sozinho naquela imensidão vazia, a qual eu apelidei de cama. Sentei, para tentar acalmar a minha própria carência, foi então quando vi a porta do banheiro entreaberta, a luz estava acesa - "Droga, eu tenho certeza que apaguei..." - me encaminhei ao banheiro, ouvi o som de água caindo, ignorei, provavelmente era a initerrupta chuva em meu coração. Abri a porta do banheiro e fui pego de surpresa por alguem que estava no chuveiro, estava meio embaçado, não pude ver quem era - "Quem está aí? Mãe?" - A pessoa não respondeu. Senti um arrepio no ventre, algo pulsava insistentemente. Me encaminhei até a porta do chuveiro para descobrir quem era aquele misterioso ser que me provocou. Abri a porta e fui tomado pela surpresa e pela felicidade - "O que..." - fui silenciado com um toque - "Shh... Você disse que estava se sentindo sozinho, e disse que me abraçaria. Só vim aqui realizar seus desejos" - impulsionados pelo momento, nos beijamos. Minha cama não estava mais vazia.
O frio e a chuva lá fora já não faziam mais sentido, o dia estava chegando e os raios de sol que invadiam minha janela acariciavam nossa pele nua. Depois de uma noite tempestuosa, a calmaria do sol trazia a realidade e eu sabia que aquilo não duraria muito mais tempo.
Acordei sorrindo e com seu cheiro em mim.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Sinestesia

Elas adentraram a carruagem metálica, todas juntas como sempre, algumas de verde e outras de roxo, seus cachos, apesar de incompletos, eram bonitos de se ver. Pareciam meio molhadas, chovia lá fora apesar de estarem protegidas por algo plástico.
Foram guiadas para seus assentos e lá permaneceram, quietas durante toda a viagem, no colo da sua dona e predadora.

Eu estava longe, mas apesar disso sentia o cheiro que elas emanavam e me imaginava devorando-as com a boca cheia de seu suco. Durante toda viagem eu as desejei, suas formas perfeitas me tiravam do eixo e pareciam tão suculentas, mesmo maduras.

Mas eu me aproximava do meu porto, infelizmente tive de abandonar aquelas maravilhosas Uvas que me enchiam os olhos.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O frio mais sincero.

Despido de todo e qualquer conceito pré-definido o qual eu tivesse um dia, eu estava em algum lugar, qualquer lugar, que não fazia sentido para mim. Mas eu sabia e estava a te esperar, aquele frio que se apossava do meu corpo nada mais era do que saudade e ausência sua, mas eu sabia que você nem se quer sabia da existência dessa ausência.
Aquele frio que me amedrontou durante todo aquele dia, não era nada mais do que a sinceridade dos meu sentimentos, esperando sentado no dia mais frio até que você aparecesse e eu pudesse mais uma vez tentar decifrar os seus enigmas. A sua presença inquietante e o seu sorriso mais bonito ainda me deixavam sem reação, era como o frio. Mas era tão sutil, que as vezes nós dois não percebemos, mas ela está no ar, à nossa volta. E quando o frio mais sincero cessar e aquele calor finalmente existir, nós dois saberemos e suavemente as nossas vidas vão se abraçar.

domingo, 15 de agosto de 2010

Tire tudo

Ele me olhava, mas não estava ali, não de verdade. Eu sabia e sentia que era apenas uma máscara e ele sangrava internamente ao me despedaçar com aquele pedaço de sentimentalidades que não valiam mais de nada, afiados como a espada dos templários, só que não haviam neles a determinação necessária para tirar a minha vida, apenas para me fazer sofrer.

- Vamos, termine logo com isso. Tire tudo o que restou em mim, me faça esquecer-te.

Nesse exato momento a sua máscara caiu, e junto com ela, a arma que ele usava em vão contra mim. Ele não tinha mais forças para sustentar a leveza do ser, deixou-se ruir internamente.
Os pedaços de seu corpo caiam no chão e se espatifavam, dando origem a um novo e talvez mais viscéral ser. O seu verdadeiro 'eu' agora aflorava diante o meu estupefato ser, o buraco em meu peito agora pulsava loucamente.

- Você não tem forças, sempre me amou - Ele disse, sua voz parecia mais um silvo.
- Amei sim, não nego. Mas é tudo um passado recente ao qual eu não me orgulho. Mas admito que vivi intensamente tudo aquilo que senti. - Eu respondi, sentia o sangue ferver em minhas feições. Ele então avançou em mim, mas não se parecia mais com aquele monstro que vira a segundos atrás, ele agora era o sorriso encantador que me conquistara uma vez. Deixe-me levar pelo sentimento mais uma vez, até que senti o meu músculo estriado cardíaco ser arrancado de mim. Acabou, tudo escurecia à minha volta e eu o via segurar o meu pulsante coração como um troféu, mais um prêmio para a sua coleção. E eu apenas morria, cada vez menos humano e cada vez mais monstro.

sábado, 14 de agosto de 2010

Num corpo só

Ele estava sozinho naquela noite de sábado.
Tantos amigos e ainda assim ele podia contar os verdadeiros nos dedos das mãos. Enquanto todos se divertiam, ele pensava no que ocorrera recentemente e pensou se realmente valia a pena continuar.
Foi então que aquele tango encheu o ar e veio anunciar uma mensagem. - "Vem na pracinha, estou te esperando." - Era uma mensagem anônima, mas ele sabia quem havia mandado. Vestiu-se e colocou o seu costumeiro casaco, ventava frio lá fora. Enquanto ele caminhava na ladeira, seus pensamentos estavam à mil por hora. Ele se aproximava da pracinha e avistava ao longe aquele que o cativara. - "Achei que não viria." - Foi seguido de um silêncio quase mortal, aonde o único som audível era a respiração pesada de ambos, unidos em um corpo só.

Aonde se esconde?

Não corra de mim, bichinho curioso.
Não se deixe levar pelo que os outros falam de mim, descubra quem sou por si próprio.
Sei que eu talvez seja um pouco maior que você, mas esqueçamos essa diferença. Eu prometo que cuidarei de ti.
Aí - porque me mordeu? Tá certo, vou parar de ser assim e vou parar de correr atrás de você.
Mas quando eu te pegar, não respondo pelos meus atos.

O seu sorriso

Me tira do eixo.
Me atira no peito, do lado esquerdo. Uma flecha indolor que me conquistou.
Me faz perder o dom da fala, e aquele dom de unir as palavras.
Aquele sorriso, o seu sorriso, que me fez apaixonado por você ao mesmo tempo que me amendrontou por todos esses anos.

O seu sorriso, que queria tanto que fosse meu.

Se fosse verdade...

Em um desejo quase contido, desregrado como a minha vontade de te ter em meus braços.
Nesse desespero em que me vejo, só consigo enxergar o seu sorriso em cada vitrine vazia que olho. Imagino o seu cheiro, sua pele quente, seu toque.

E então eu me perco, querendo que tudo fosse verdade.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Mr.Hyde

Algo que aparentemente nunca aconteceria comigo, agora não se faz mais de rogado e aparece sem pedir licença.
Essa criatura que parecia um ser amorfo, está agora tomando forma e se fortalecendo diante o meu desespero. Ela esmaga meus orgãos, rasga a minha pele e assume o meu ser como se não houvesse mais nada que restasse de mim. Apenas um erro na fórmula foi o suficiente para que isso aflorasse de tal modo desregrado.
Não quero a compaixão alheia, isso só faz com que a criatura rosne mais alto e a metamorfose se acelere, quero apenas saber o que essa criatura deseja alojada em meu íntimo, roendo minhas lembranças e quebrando todos os meus sonhos.

Mas descubro, e me desespero ao perceber. Me olho no espelho e percebo que sou eu, apenas eu e nada mais. Não há criatura dentro de mim, é apenas a loucura me corrompendo, daqui a pouco não sobrará nada da minha sanidade e então serei o verdadeiro Mr.Hyde dos livros.

domingo, 8 de agosto de 2010

Castelo de cartas

Sei que não estou sozinho, mas sinto como se estivesse.
Aquele tipo de solidão em meio a uma multidão, que muitas vezes você não consegue explicar porque se sente assim. Mas me sinto e queria alguém para me amparar nessas horas.
Me sinto um fantasma sem rumo ao perceber que tudo o que eu sempre achei que fosse meu está agora desmoronando como um castelo de cartas, soprado impiedosamente por aquele vento chamado vida.
Construir prédios, salvar vidas ou desenvolver energias alternativas nunca entraram em tão grande conflito como estão agora em minha mente. Eu não quero mais saber de nada disso, quero sumir de vez.
Sinto aquele cheiro de pólvora e o ar está mais denso à minha volta, é quase uma cortina de fumaça que nunca cessa. Um Fracasso.

How could i be for rental?

É tão estranho desconfiar de você. Saber que apesar de tudo o que a gente passou e depois de tudo o que eu lhe disse, você não passa de uma mentira, de pura dramaticidade e falsidade, uma brincadeira de mal gosto.
Mas não, eu não me importo, eu aprendi a ser assim com você, frio e mentiroso, apesar de não ser capaz de fazer com você o que tentou fazer comigo.
Quer dizer, talvez eu esteja errado e talvez tudo o que aconteceu não tenha passado de pura coincidência. Gostaria que fosse isso na verdade, mas os fatos me levam a crer que tudo não tenha passado de um plano.
Não sei se foi por ciúmes, infantilidade ou raiva de mim, mas por favor, antes de fazer qualquer outra coisa parecida com essa, venha e me diga na cara o motivo, não se esconda atrás de ninguém.

Não deixe que o Fracasso lhe suba à cabeça.

Eu encontrei você

Imutável aos acontecimentos e esquecendo-se das pessoas ao redor, você veio a mim, desafiando o meu ser e o meu querer. Mas eu queria. Sim, queria repetir tudo aquilo que fizemos tão naturalmente em um passado não muito distante.
Dessa vez não foi diferente, mas havia algo a mais: A nossa sintonia. Sim, guiados apenas pela sintonia, nós sabíamos os maiores delírios que estávamos prestes a realizar. Mas algo mais forte nos fez parar, algo que eu não sei explicar ou colocar em palavras. Algo que nasceu do nosso íntimo e nos fez mais amantes. Mesmo com o nosso desejo ardendo em brasa, era o suficiente estarmos abraçados ouvindo nossos corações em uma frenética batucada.
A nossa sintonia se concretizava a cada batida desesperada do nosso músculo estriado cardíaco.

sábado, 7 de agosto de 2010

Decifro-te ou me devoras

Me pego pensando em como posso sentir uma coisa tão forte por alguém que mal conheço. Me pego pensando em você.
Sempre com suas caras indecifráveis ou seus sorrisos misteriosos, você faz com que eu me sinta inseguro dos meus próprios atos, dos meus sentimentos mais nobres que sempre guardei para mim.
Você está me dando motivos para viver mais, apesar de não saber aonde vamos com isso.

Eu nunca sonhei com alguém e acordei sorrindo, você é de fato especial.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

A menina do banco.

Venho, todos os dias como um andarilho, debaixo daquele sol escaldante sentindo ausência da Sinhá Vitória e de Baleia. Mas não, isso não me aflige, pois sei que a menina do banco estará sempre lá, me esperando com as notícias que trago do meu mundo, que para ela ainda é um encanto sem fim.
Seus infindáveis abraços e suas confidências sempre me fazem um bem enorme, e eu necessito ouví-las para seguir adiante sem errar meu caminho costumeiro.
Ela está lá, sempre sentada com aquele seu casaco, mesmo debaixo do sol. Seus olhos são minhas piscinas de confiança, aonde eu me refresco e parto para uma nova jornada.
Ah, e como eu preciso daqueles olhos.

São apenas memórias, crônicas e declarações

Não estou ao seu lado, mas posso sonhar. Sonhar com aqueles momentos que só nós dois passamos.
No olhar que eu sempre confiei e tive em meus braços por breves momentos.
Aquele olhar gostoso de cumplicidade e confiança, que nem os mais íntimos dos amantes têm um pelo outro.
Mas o que posso fazer pra ter de volta esse olhar? Sinto tanto a sua falta, que as vezes me pergunto se você realmente existiu ao meu lado.

São apenas memórias, as melhores que tenho de ti.
crônicas de um eterno apaixonado.
E declarações de um andarilho.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Sophia

Ai meu deus, está tudo fora do lugar! Porque eu perco o dom de juntas as letras de vez em quando?
Ninguém perde! É só que fugiu uma palavra, elas são assim.
Não só as palavras, mas algumas pessoas também fogem de mim.

Obrigado, de coração, por você não fugir de mim.

Todo escritor tem uma.

Minha Caneta varia de humor comigo
A força que ela risca, varia de humor comigo
A intensidade do seu traço, varia de humor comigo
As mordidas em seu bocal, variam de humor comigo
Sua tinta, varia de humor comigo
Sua funcionalidade, varia de humor comigo
Quer me conhecer? Observe a minha Caneta.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Eu gostaria de lhe dizer, senhor.

- "Não é por nada, gostaria que o senhor não se amedrontasse com o que lhe direi. Não é por grosseria, falta de conhecimento ou qualquer outras coisa, apenas quero saber. Pois saiba que... sinto, talvez você não sinta, mas eu sinto e lhe direi. Vou lembra-lo daquela noite, ou talvez dia. Já havia amanhecido por mais que não quiséssemos. Mas o senhor recostado em meu colo estava, e eu lhe agradava o cabelo. Pois vou logo lhe dizendo, e se o senhor não gostar, me diga logo, para que meu pai possa arranjar meu casamento. Pois senhor, gosto de você. Mas gosto de graça entendeu meu senhor? O que posso fazer com esses sentimentos joviais de uma senhorita? Posso apenas sentar em minha janela e ficar a admirar o senhor na boticária. Bonita boticária... imagino que venda bons perfumes lá, senhor. Pois eu lhe digo senhor, eu gosto de você mais do que o senho imagina. Vou me retirar agora senhor, minha mãe me chama para os afazeres. Adeus senhor, e pense com carinho no que lhe disse"

D.U.

Era uma noite de perdição. Todos aqueles valores e bons contumes que eu pregava estavam agora trancafiados a sete-chaves no apêndice, tão inúteis quanto eles. Eu menti pra todos, inclusive para os meus próprios sentimentos, para que eu pudesse me perder em todos os sete pecados capitais.
Meus instintos de caçador estavam à flor-da-pele e todos aqueles corpos me atraiam. A lua estava cheia assim como a cama que estávamos. Rodeado por diferentes cheiros, o seu se destacou ao meu olfato, e esquecendo de todos os outros à minha volta, eu te ataquei. Seu cheiro, seu corpo, sua boca, sua pele, você. Cada pequeno pedaço seu me atraía, e eu senti o meu sangue ferver por você. Mesmo que prematuramente, nos separamos para entregar nossos corpos ao desejo.
O sol invadia a sala. Eu estava recostado na parede e sua cabeça estava repousando em meu colo. Você queria dormir, e eu alisava suavemente o seu cabelo. Gostei de quando me abraçou e gostei mais ainda de quando acompanhou o meu relutante eu até a saída. Eu queria te dar um beijo de despedida, mas eu sabia que nos veríamos denovo.