Como sempre, refugiado em meu recluso mundo, ouvindo ao meu melhor amigo-material quando Ela passou por mim. Era mais baixa do que eu, mas esse delta já era algo que eu não me importava.
Seu rosto continha os finos traços, perfeitos, entalhados à mão por um escultor em seu melhor dia.
Um pouco mais embaixo, o seu corpo tinha as formas que facilmente se encaixariam nos devaneios de geométricos, na tentiva de achar formas perfeitas para uma coisa tão humana.
Sua voz, não pude ouvir, mas no meu íntimo eu sabia que seria doce e melodioso qualquer som proferido por tal divina criatura.
Ela passou por mim e o seu cheiro invadiu o meu cérebro, embaralhou minhas idéias e me fez encantado por tal Sereia de canto desconhecido.
Triste de mim, que não sei seu nome. Triste de mim, que não pertenço ao seu mundo. Mas feliz de mim, que posso eternizá-la em minhas palavras
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